quinta-feira, 4 de junho de 2009

Del Monte vai produzir bananas na área do Apodi

Maior produtora de abacaxi e melão do Estado, a Del Monte assegura que vai investir agora nas bananas.
Enquanto enfrenta dificuldades no vizinho Rio Grande do Norte (por conta das enchentes), a multinacional norte-americana Del Monte está investindo R$ 10 milhões na ampliação de suas atividades no Ceará. Maior produtora de abacaxi e melão do Estado, a empresa vai plantar 255 hectares de banana no perímetro irrigado Jaguaribe Apodi, com início de produção previsto para três semanas, segundo seu gerente jurídico e de relações institucionais, Newton Assunção.
“Não existe nenhuma decisão de fechamento de operações no Ceará, nem demissões de funcionários”, afirma Assunção. Pelo contrário, conforme diz, o novo projeto vai gerar 300 empregos diretos no lado cearense da Chapada do Apodi. Hoje, a multinacional emprega 1.500 trabalhadores na cultura do abacaxi, em Limoeiro do Norte, e vai gerar, em pleno pico de produção do melão, cinco mil postos de trabalho, em Quixeré, somando as vagas já citadas aos 3.500 empregos no melão.
“Tivemos excelente reunião com o governador na sexta-feira passada e vamos continuar mantendo esta parceria entre a Del Monte e o Governo do Estado”, comenta Assunção. Segundo o gerente jurídico e de relações institucionais, a empresa ocupa hoje uma área de 1.700 hectares com a produção de melão e de 1.500 hectares com o abacaxi. Exporta cerca de cinco milhões de caixas de abacaxi e melão/ano. “São culturas voltadas para o mercado europeu, em países como Reino Unido, Alemanha”, diz.
Mercado potiguar
No Rio Grande do Norte, as enchentes devastaram 100% da produção de sete das 12 fazendas de banana que a Del Monte tem no Vale do Açu. Os prejuízos foram calculados em R$ 50 milhões. Com isso, a empresa reduziu as exportações à metade e foi obrigada a demitir, em maio, 1.400 dos 3.500 funcionários.
A Del Monte é a maior produtora e exportadora de frutas do Rio Grande do Norte. No auge dos negócios, embarcava para o exterior dois milhões de caixas/ano de banana, gerando US$ 10 milhões em divisas. Com as enchentes de 2008, a empresa demitiu mil empregados e, desde então, vem reduzindo operações. Da área total de quatro mil hectares de banana que tinha, hoje conserva apenas metade.
A multinacional administra 20 divisões produtivas e a do estado potiguar é a menor delas. Hoje, seus maiores investimentos estão na Costa Rica.
Fonte: Diário do Nordeste / Reportagem: Samira de Castro / Foto: Antonio Vicelmo

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