segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Casarão dos Osterne - Academia de Letras

O antigo casarão da família de José Osterne, construído em 1892, dá nome à praça em frente à Igreja Matriz de Limoeiro.
Atualmente sedia a Academia Limoeirense de Letras (ALL) desde sua fundação, em 2001, da qual participam 40 membros titulares, entre escritores, poetas, professores e demais segmentos da intelectualidade local.

4 comentários:

Anônimo disse...

SURREALISMO

Vela ardia, por um fio queimava.
Gota de sangue rolava. Gemia.
Nasce ali. Dali.
Surrealismo da poesia.
No cemitério as luzes dormem acessas,
Coesas na tristeza,
Velam a escuridão dos mortos.
Fantasmas de mármore,
Materializam espíritos.
Dálias, Lírios, Verbênias em brotos.
Adornam os jazigos.
Quem pinta o quadro dos esquecidos?
Tintas sem cores.
Pincel sem pelo.
Telas sem molduras.
Quem pinta sem pejo
A solidão da sepultura?
Quem salvará lembranças de amores?



Marcelino de Castro Queiroz Serra

Anônimo disse...

VERSOS Á VELÁSQUEZ

Velado Velásquez, velas velando, valia ver.
Veludo verde, vida vertia , vertendo verdade.
Vento vergava, véu vespertino, volátil voava vagas vespas.
Venturas, versos vividos, vozes volúveis, volúpia viçando.
Vinho, vinagre, virava vômitos,
Vertigem vaginal.
Virgem vagina virou vísceras.
Velório valor venial.
Vamos veloz, Velásquez, vicejar a vida.

Marcelino de Castro Queiroz Serra

Anônimo disse...

SAUDAÇÃO A DOM JOSÉ FREIRE FALCÃO

No meio da barbárie, dos suplícios mais atrozes, ele deixou uma mensagem de perdão e amor ao próximo, deixou exemplos e tudo que ele fez preenche o meu vazio de dúvida e de crença. Foi a esse homem que o primeiro Cardeal cearense Dom José Freire Falcão segue. Nascido numa pequena cidade do interior do Ceará, esta cidade Ererê é cercada por serrotes que mais parecem catedrais silenciosas a guardar aquele lugarejo querido.
Há uma aragem invisível que nos impele a outros lugares.
O pássaro sagrado voou, foi seminarista do Seminário Secular da Prainha em Fortaleza. Ordenou-se em Limoeiro do Norte e aqui exerceu seu mister sacerdotal em diversas atividades, principalmente o magistério na época em que Dom Aureliano despontava como um grande fazedor de obras. Mas o vôo do pássaro sagrado não podia parar aí. Foi a Teresina como Arcebispo e em 1984 chegava ao Centro das decisões holísticas, sociais e econômicas do Brasil, a capital da República onde foi seu Arcebispo.
Intelectual refinado, escritor, conferencista e principalmente dentro da sua lucidez religiosa tem como lema episcopal “servir a humanidade”.
Sua Exma. é sem dúvida o vade mecum, ou o livro de consulta que se valem aqueles que procuram a luz do saber.
Como deixastes um lastro de luz em todos os lugares em que teus pés pisaram essa Casa se sente abençoada com a sua emérita presença.
Seja bem vindo Cardeal José Freire Falcão e os nossos corações estão alegres ante a vossa presença.
Seja feliz.

Marcelino de Castro Queiroz Serra
Orador oficial da A.L.L.

Limoeiro do Norte, 19 de junho de 2009

João Felinto Neto disse...

Meu Limoeiro

O teu tamanho pode ser pequeno,
mas na saudade torna-se gigante.
Sob o teu céu me senti sereno.
Pisar teu solo é sonho constante.
Voltar ao tempo em que eu me banhava
em tuas águas doces e providas;
as belas formas do verde que olhava,
que na lembrança não estão perdidas.
Quando voltei para um velho abraço,
notei teu corpo com nova roupagem.
Porém senti o antigo laço,
e só revi a antiga imagem.
Aquela praça em que batia bola.
Um velho banco em que olhava estrelas.
Nova pintura, mas a mesma escola.
A liberdade, e as bebedeiras.
Não és meu berço, oh! meu Limoeiro.
Nunca me esqueço, foste meu balanço.
Quando parti, fui em ti inteiro.
Quando voltar, serás meu descanso.

João Felinto Neto