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quarta-feira, 13 de maio de 2009
DRT e PF invadem a Delmonte, em Limoeiro
Na última segunda-feira (11/05), por volta das 21:00 horas, fiscais da Delegacia Regional do Trabalho (DRT) e agentes da Polícia Federal invadiram a fazenda da multinacional Delmonte - a maior produtora de frutas do mundo - situada no município de Limoeiro do Norte, no Leste do Ceará.
Segundo o advogado Newton Assunção, gerente jurídico e de relações institucionais da empresa, os agentes federais buscavam encontrar irregularidades. “Como nada encontraram de iregular, retiraram-se”.
Com ações negociadas na Bolsa de Valores de Nova Iorque, tendo de dar constantes informações e satisfações aos seus milhares de acionistas no mundo todo, a Delmonte - assegura o advogado - cumpre a Lei em todos os países em que opera, incluindo o Brasil.
Na fazenda limoeirense alvo da ação dos federais, a Delmonte tem seis mil hectares plantados de abacaxi (ela é a maior exportadora brasileira) e melão. Nessa área, a Delmonte produz em média, anualmente, seis milhões de caixas dessas frutas e dá emprego direto a 4.500 operários, “todos ganhando salário maior do que o pago às professoras da região e usando o Equipamento de Proteção Individual (EPI), como manda a legislação trabalhista”, revela Newton Assunção.
Ele informa ainda que sua empresa já investiu no Ceará mais de R$ 100 milhões “e a intenção é de investir mais ainda”. No meio do agronegócio cearense, causou surpresa, e também muita revolta, o que aconteceu com a Delmonte.
Informações: Blog do Egídio Serpa
Prejuízos ameaçam permanência da Del Monte no RN
A possibilidade foi colocada por representantes da empresa no Brasil em reunião nesta quarta-feira com o vice-governador do Estado, Iberê Ferreira.
A permanência da Del Monte no Rio Grande do Norte está ameaçada devido ao prejuízo acarretado pelas enchentes, que devastaram 50% de toda a produção de banana da empresa no Vale do Açu e a levaram a demitir 40% dos empregados.
A possibilidade foi colocada pelo presidente da Del Monte no Brasil, José Lopes, e pelo gerente jurídico da empresa, Newton Assunção, na reunião com o vice-governador do Estado, Iberê Ferreira, ao final da tarde desta quarta-feira (07/05).
Iberê e representantes da Del Monte discutiram saída para prejuízos da empresa.
Nem o resgate dos créditos de impostos de exportação da Del Monte — no total de R$ 10 milhões — medida que o governo está tentando viabilizar, garante a permanência da empresa, cuja matriz é dos Estados Unidos.
“A medida melhora muito as possibilidades, mas não é garantia da continuidade da operação da empresa; mas também a inviabilidade dessa medida não significa a desativação”, disse o gerente jurídico Newton Assunção.
A palavra final será dada pela matriz da Del Monte, provavelmente daqui a duas semanas. Na reunião com os dois representantes da empresa no Brasil, o vice-governador Iberê Ferreira informou que o governo se reúne nesta quinta-feira (08/05) para discutir a forma de repassar os créditos de impostos de exportação da empresa para serem reinvestidos nas fazendas.
“Nossa expectativa é fazer isso antes do término do seguro desemprego dos trabalhadores demitidos, que é de 4 a 6 meses. Se agilizarmos o processo, a região não sentirá tanto”, disse Iberê. “Nosso desejo é ter esses recursos logo para que a demissão seja temporária”, completou o presidente da Del Monte no Brasil, José Lopes. Segundo ele, e também o gerente jurídico Newton Assunção, as enchentes devastaram 100% da produção de sete das 12 fazendas de banana que a empresa tem no Vale do Açu.
Com isso, a Del Monte reduziu as exportações em 50% e foi obrigada a demitir em abril 400 dos 3.500 funcionários. O número de demitidos, de acordo com José Lopes e Newton Assunção, chegará a 1.200.
Em termos de cifras, os dois dizem que ainda é prematuro falar qualquer coisa, pois os prejuízos ainda estão sendo contabilizados. Ao certo, eles sabem que os R$ 10 milhões dos créditos dos impostos de exportação estão muito aquém do que é necessário para a empresa se recuperar.
A Del Monte é a maior produtora e exportadora de frutas do Rio Grande do Norte. No Ceará, a empresa produz melão e abacaxi.
Informações: NOMINUTO.com / Por: Itaércio Porpino
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