domingo, 25 de outubro de 2009

Comoção e revolta no sepultamento da criança que caiu do ônibus escolar em Limoeiro do Norte

No enterro da criança, centenas de pessoas compareceram revoltadas com a forma que o acidente aconteceu. A família informou que motorista não teria ajudado a vítima.
Comoção e revolta durante o velório do pequeno Francisco Artur Farias Santiago, de apenas dois anos, que morreu na manhã da última sexta-feira (23/10), após cair de um buraco dentro de um ônibus escolar contratado pela prefeitura de Limoeiro do Norte.
O enterro do menino aconteceu neste sábado, por volta das 9 horas, no cemitério municipal da cidade e contou com a presença de centenas de pessoas entre familiares, amigos, e a comunidade local, todos revoltados com o descaso envolvendo a morte da criança.
A mãe da criança, Maria Derjalene de Farias, 35, ainda muito abalada, conversou com O POVO e informou que o motorista Antônio Marcos da Costa Teixeira, 44, não teria ajudado a vítima e continuou dirigindo o ônibus mesmo sabendo que a criança tinha caído do veículo. “Ele não parou o ônibus para ajudar meu filhinho. Eu tive que pular com o ônibus em movimento e quase cai também. Quando peguei o Artur no chão ele estava todo sujo de sangue e parecia que o pescoçinho dele tinha quebrado”, relatou a mãe da criança.
Maria Derjalene sempre viajava com o filho da localidade de Morros onde morava até o centro da cidade, para retirar o dinheiro referente ao benefício Bolsa Família de Francisco Artur. Ela informou ainda que o motorista continuou a fazer o transporte de outras crianças mesmo após a queda de seu filho.
O POVO tentou entrar em contato com o advogado de Antônio Marcos, mas até o fechamento desta edição não foi possível. Neste sábado foi feito uma perícia no veículo apreendido e o laudo pericial deve sair em até uma semana.
Artur estava com dois anos e sete meses e se preparava para entrar na creche. De acordo com o pai da criança, Francisco de Assis Santiago, 36, tudo estava sendo preparado para a entrada de seu filho único na escola. “Ele era muito esperto. Meu filho era lindo e fortinho. Nós queremos justiça. Alguém tem que pagar por isso”, informou.
Fonte: OPOVO Online

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