quinta-feira, 3 de julho de 2008

Reunião tenta tranqüilizar população sobre abalos na região do Açude Castanhão

Limoeiro do Norte. O Açude Castanhão ainda desperta medo entre moradores do Vale do Jaguaribe. Mesmo após duas audiências públicas – em Brasília e Limoeiro do Norte –, desde o ano passado, com especialistas em construção de açudes e sismologia garantindo que o açude não sofreu “nem sofrerá” com os abalos sísmicos, o volume recorde de água – de 89%, com gradual redução – assusta a população.
A pedido do Comitê da Sub-Bacia Hidrográfica do Baixo Jaguaribe, especialistas do Dnocs e do Laboratório de Sismologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) prestarão esclarecimentos hoje, às 9h, no auditório da Secretaria da Fazenda na cidade de Russas.
“A gente não tem dúvida de que o Castanhão não sofre com esses abalos”, afirma o engenheiro Getúlio Maia, do Dnocs. “A intenção é acabar com os boatos, por isso o principal alvo são os radialistas, que possam repercutir as informações nas comunidades onde atuam”, explica André Cunha, do núcleo gestor da Companhia de Gerenciamento de Recursos Hídricos em Limoeiro do Norte.
A alegativa é de que foram veiculadas várias informações distorcidas, causando inquietude na população.
O primeiro abalo sísmico no Castanhão perceptível não somente aos medidores ocorreu no dia 24 de junho do ano passado, divulgado com exclusividade pelo Diário do Nordeste. Daí seguiram-se outros tremores – o mais forte registrou 2,3 graus na escala Richter. A população de cidades baixas próximas ao açude ficou aterrorizada, com o boato de que o açude poderia arrombar “a qualquer momento”.
Nos últimos meses, os sismógrafos registraram movimentos sísmicos na região do Açude Castanhão, no entanto, considerados “pequenos, irrelevantes e imperceptíveis”.

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