segunda-feira, 28 de julho de 2008

Parceria pode ser a solução

Com o fim da segundona do cearense, o Limoeiro Futebol Clube mostra, nos números da sua campanha, a falta de competência e de compromisso por parte dos dirigentes e administradores, ou sei lá de quem...
Uma campanha vergonhosa que deve servir de lição para se repensar os projetos futuros do time do Limoeiro. Precisa-se de um projeto mais elaborado, mesmo que seja em longo prazo.
Mas esse não é um caso isolado no futebol brasileiro...
Vendo a situação que se encontra o Limoeiro Futebol Clube, fui pesquisar sobre a situação de alguns clubes Brasil a fora.
Para pequenas cidades manterem bons times, os mesmos não podem depender somente da prefeitura.
Mas como achar, na iniciativa privada, um apoio maior? E como fazer uma parceria abrangendo outros setores do município?
Encontrei no Blog História do Futebol (blog.soccerlogos.com.br), uma postagem de Antônio Mário, em 02 de julho de 2008, que mostra sugestões para pequenos clubes.
Sugestões essas que, adaptadas a realidade do nosso município, poderiam ajudar a solucionar o problema de nossos clubes.
Basta boa vontade e união de todos.
Vejam a postagem e compare:
A fórmula
“O dinheiro público das prefeituras não pode ser utilizado para patrocinar o futebol profissional, mas quando este mesmo dinheiro público é para promover as categorias de base proporcionando esporte e lazer para os adolescentes e estimulo para uma profissão futura, pode e deve. Todas as prefeituras podem fazer parceiras com os clubes e associações para tal fim.
Prefeituras mais ricas como Barueri, São Caetano do Sul, Santo André, Ipatinga e Macaé, vêm se destacando. O que se deve avaliar é se estes clubes estão investindo os recursos públicos das prefeituras nas categorias de base. Mas são prefeituras ricas que podem ter projetos grandes.
Existem prefeituras que tem uma boa sustentabilidade financeira e podem manter projetos com o futebol de base e esportes amadores como Basquete, Handebol, Futsal, Vôlei, Natação, Xadrez, Dama entre outros. A grande maioria dos esportes amadores são mantidos em parceria com prefeituras, unidas a patrocinadores de grandes empresas e uma universidade para doar bolsa de estudo para os atletas. Veja o time do Bradesco-Finasa de Osasco e tantas outras equipes de ponta do Vôlei, Basquete, Handebol ou Futsal. Os Jogos Abertos do Interior são uma grande motivação para as prefeituras investirem em suas equipes.
No nosso caso, em Botucatu, segue esta fórmula: Clube, Prefeitura, Faculdade e Empresa Patrocinadora. Embora tenha que reconhecer que em nossas equipes tem poucas empresas patrocinando e dificulta ter equipes de ponta. Só temos uma equipe de ponta no futebol feminino, mesmo sem uma empresa patrocinadora, porque há poucas empresas no esporte e os custos são relativamente pequenos. Temos algumas exceções no futebol feminino como a Motorola em Jaguariuna e o Extra em Araraquara.
No caso em questão dos clubes tradicionais cariocas, a fórmula tem que ser a mesma:
Clube + Prefeitura + Faculdade + Empresa = Boa equipe
Bom, faculdade têm muitas no Rio, inclusive no subúrbio carioca. Empresas também, mas não tem os “Jogos da Capital” e portanto não tem como a prefeitura “aparecer”. Não há mais as rivalidades de bairros como ainda existe entre as cidades. A rivalidade sadia estimula a competição e o aprimoramento esportivo.
Assim concluo que os presidentes de clubes tradicionais do subúrbio carioca devem parar o “choro” e trabalhar, fazendo:
1. Apresentar a prefeitura do Rio projeto das categorias de base para firmar convênio. Um bom prefeito terá interesse em que sua população pratique esporte e lazer, e estimule uma carreira profissional.
2. Buscar parceria com uma universidade ou faculdade para ter bolsas de estudo para seus atletas. As faculdades particulares têm interesse da sua publicidade no bairro buscando a simpatia da população e custará muito pouco, pois oferecer 10 a 20 vagas não trará nenhum gasto a mais para a faculdade. É uma troca de benefícios.
3. Buscar patrocinador para o futebol profissional, quanto melhor a empresa patrocinadora melhor será o time. Isto também acontece nas melhores equipes, vide Parmalat, ou a Sansung, ou a Xerox, ou mesmo a Petrobrás, quanto melhor o patrocinador melhor será o time.
Fórmula simples, mas que requer trabalho. O melhor trabalho levará as vitórias e as melhores divisões.
Sou torcedor do América do Rio (eu sou um “daqueles” que tem um clube em cada estado para torcer) e me pergunto: Como um clube com tanta boa história pode estar nesta situação? A culpa, sem dúvida, é que seus dirigentes não são bons. O América do Rio poderia se espelhar na Portuguesa de Desportos de São Paulo. Com altos e baixos, mas hoje esta na primeira divisão brasileira com uma boa equipe. Se a Portuguesa pode, por que o América não?
Outra, porque a Universidade Estácio de Sá precisa ter um time se ela poderia ser parceira de algum clube do subúrbio carioca? Falta trabalho de união. O clube tem estádio e torcida a Universidade recursos, então porque estão separados?
Só para terminar, até recentemente o Juventus de São Paulo estava na primeira divisão Paulista. Quem estruturou o Juventus foi o Brunoro com sua empresa de marketing esportivo. Bastou o Juventus chegar à primeira divisão e sua diretoria, por “vaidade”, romper com o Brunoro. Deu no que deu, o Juventus caiu de novo.
Moral da história, muitos dirigentes estão nos clubes por vaidade ou interesse próprio e não pela coletividade, portanto fica difícil um trabalho profissional em uma fórmula relativamente simples.”
Deixem seus comentários com opiniões e sugestões que se enquadrem um pouco mais a nossa realidade.

2 comentários:

Anônimo disse...

Depender de prefeitura nao é bom.
Porque o cargo de prefeito muda de dono.
Foi o que aconteceu com o Limoeiro.
No periodo 2001-2004, chegou a sonhar com a Série B, com vagas na Copa do Brasil e com o título cearense. Mas o prefeito mudou...
Náo que seja obrigação do prefeito ajudar um time profissional, mas que a queda do Limoeiro iniciou com a mudança de prefeito é um fato.
Infelizmente, o Limoeiro não tem exemplos a seguir.
O Barueri, que hoje briga pelo acesso na Série B, é de uma cidade riquissima do tambem rico interior paulista.
O Juventude, que passou 14 anos na Série A, é de Caxias do Sul, cidade grande do Rio Grande do Sul.
Ponte Preta, Santo André, Criciuma, Paulista de Jundiai tem casos parecidos.
O Limoeiro vive uma realidade bem diferente desses clubes. Surgiu nesse milenio ainda. É de uma região pobre do país e de um estado sem muita tradição no futebol. E o agravante é que Limoeiro do Norte é uma cidade pequena, ao contrário de Juazeiro e Fortaleza.
Repare que clubes do interior do Nordeste não disputam a Série B do Brasileirao desde 2003, com o Guarany de Sobral.
O que pode ser feito no Limoeiro, é uma parceria com empresas agrícolas da Chapada do Apodi, com valores baixos mesmo, já que o time tá na terceira divisao do estadual. E investimentos na categoria de base, que no Limoeiro sequer existe.
O objetivo a curto prazo é saber se o time ainda vai existir...

Anônimo disse...

Amigo... Se você observar melhor a postagem, falo que essas sugestões poderiam ser "ADAPTADAS A REALIDADE DO NOSSO MUNICÍPIO"... A intenção é realmente gerar discussão para se chegar a um projeto que dê frutos... Não devemos tomar como exemplo o estado que não tem tradição, e sim mudar esse fato... Limoeiro é uma cidade que adora esporte... Acho que parceria pode sim ser a solução... Falta boa vontade de muita gente, você deve saber... Espero que você dê suas sugestões... Obrigado pelo acesso, e espero que seja o início de um debate que vise o melhor para nosso futebol.