sexta-feira, 24 de julho de 2009

Profissionais do interior têm curso sobre nova gripe

É a vez de o Interior receber orientações sobre a Influenza A. Profissionais são orientados para diagnosticar a gripe. Segunda-feira (27/07), às 8 horas, no Hotel Mareiro, na avenida Beira Mar. Capacitação para os profissionais da saúde das microrregiões de Itapipoca, Russas, Limoeiro do Norte, Tauá, Icó e Iguatu. (Foto: Reuters)
Enquanto nenhum caso de Influenza A é encontrado no interior do Ceará, profissionais de saúde começam a receber uma série de treinamentos para o diagnóstico da nova gripe. A estratégia da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa) é tentar retardar ao máximo possível a entrada do vírus H1N1 nas cidades do Interior e capacitar médicos das unidades básicas para o diagnóstico da Influenza A. “Estamos aproveitando para nivelar as informações sobre a nova gripe”, garante o secretário adjunto da Sesa, Arruda Bastos.
Ao total, mais de 800 profissionais já passaram por capacitação, sendo a maioria de Fortaleza. “Agora é a vez dos profissionais do Interior ficarem em alerta para o diagnóstico do caso. É preciso ficar atento sobre o diagnóstico precoce, os grupos de risco e a banalização dos sintomas. O momento é de orientação”, completa Bastos. Nesta quinta-feira (23/07), profissionais de saúde das regiões de Maracanaú, Baturité, Canindé e Aracati se reuniram em Fortaleza para receber informações atualizadas sobre a nova doença. A agenda de treinamentos segue nos dias 27 e 28 de julho.
De acordo com o boletim divulgado pela Sesa, nesta quinta-feira (23/07), são 23 casos confirmados da nova gripe, sendo todos registrados em Fortaleza. Apenas um caso de Influenza A está sendo investigado em Sobral, na região Norte. Arruda Bastos explica que a situação do Ceará é confortável em relação aos outros estados. “Somos o sétimo estado que recebe mais visitas internacionais e o segundo em visitas nacionais. Conseguimos adiar a entrada do vírus, mas com o período das férias a situação pode mudar”, afirma.
Cerca de 99,6% dos casos de Influenza A são leves e moderados, evoluem para a cura sem precisar de internamento hospitalar. As suspeitas de Influenza A em grupos de risco ou com sintomas mais graves devem ser direcionados para a Capital. Segundo o secretário adjunto da Sesa, os hospitais de referência para o tratamento da doença continuam sendo apenas o São José e o Albert Sabin, ambos em Fortaleza. “Até agora não existe necessidade de ampliar o número de hospitais, mas se aumentar a demanda novas unidades serão credenciadas.”
Profissionais da saúde do interior do Estado devem ficar em alerta sobre um possível surto da doença. A preocupação é com o número de unidades básicas e médicos capacitados para realizar o diagnóstico preciso da Influenza A. A enfermeira e coordenadora de Epidemiologia de Canindé, Rafaela Paz, está preocupada com a entrada do vírus no Interior e a proximidade de grandes eventos. (Informações: OPOVO.com.br, por Viviane Gonçalves)
Balanço
O balanço do Ministério da Saúde divulgado na noite de ontem mostra que, de 25 de abril a 18 de julho, foram confirmados 1.566 casos de gripe suína no País.
Até esta quinta-feira (23/07), 29 pessoas morreram no Brasil em conseqüência vírus da gripe suína, corrigida a informação, divulgada pelo Ministério da Saúde, de que seriam 34 vítimas fatais. Segundo o ministério, por um erro técnico, foram computadas cinco mortes a mais no Rio Grande do Sul.
Os primeiros casos da gripe suína começaram a ser registrados no País em 8 de maio. As mortes foram registradas nos Estados do Rio Grande do Sul (11), São Paulo (12), Rio de Janeiro (5) e Paraná (1).
Segundo informações do Ministério da Saúde, desde abril deste ano, foram notificados 8.328 casos suspeitos de algum tipo de gripe no País, com maior concentração nas regiões Sul e Sudeste. Do total, 18,8% teve diagnóstico positivo para a Influenza A (H1N1); outros 6,34% tiveram diagnóstico para gripe comum. (Fonte: Diário do Nordeste)

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