sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Incubadoras tecnológicas são tema de debate

Alternativas de crescimento econômico, geração de emprego e renda serão discutidas durante seminário. Estudantes do curso de Tecnologia de Alimentos, do município de Limoeiro do Norte, no Vale do Jaguaribe, formam empresa com os conhecimentos obtidos.
Quem tem uma idéia inovadora que gere produto, e esse produto gere mercado, está a caminho do perfil que buscam as incubadoras tecnológicas, reunidas hoje, no município de Limoeiro do Norte, para o II Seminário de Incubadoras de Empresas no Estado do Ceará, com o tema Desenvolvendo o Empreendedorismo Inovador.
Alternativas de crescimento econômico, geração de emprego e renda longe do risco de mortalidade empresarial serão discutidas no seminário, com foco na inserção social do cooperativismo associado ao conhecimento tecnológico.
A maioria remanescentes das escolas tecnológicas, as empresas incubadas já são chamadas de "as micro e pequenas empresas do futuro". No presente, são mais de 60 empresas reunidas em 11 incubadoras do Ceará, das quais sete são do Interior, nos municípios de Sobral (sediada na Universidade Vale do Acaraú - UVA, com foco no cooperativismo), e as outras do Intece, a incubadora do Instituto Centec, também para Sobral, e para Aracati, Quixeramobim, Crateús, Juazeiro do Norte e, ainda, Limoeiro do Norte.
Associadas
As empresas incubadas no Ceará estão na maioria associadas às escolas tecnológicas. Em Limoeiro do Norte, a empresa Bombas King tem um parque industrial de montagem e usinagem de bombas de água. A mão de obra qualificada advém do Instituto Federal do Ceará (IFCE), neste município, assim como a empresa "Lá de Casa", que fabrica queijo coalho industrial e tem distribuição regional, pela empresária e graduada em tecnologia de alimentos Marta Rochele. A empresa atingiu o estágio de pós-graduação e já saiu do período de incubação.
Articulação
Em outros casos, alunos que ainda não concluíram o Ensino Superior já se articulam para criar uma empresa a ser incubada. É o caso da estudante Ingrid Guimarães, que produz Kafta (um prato de origem árabe a base de carne de carneiro, principalmente) com outros colegas, e pretende deslanchar esse projeto de pesquisa numa empresa geradora de emprego e renda. Outra empresa incubada já gera empregos em Tabuleiro do Norte: a Zahara fabrica vários tipos de escapamentos para moto e é única no Estado.
"As incubadoras são capazes de realizar transferência de conhecimento, e assim evitar a mortalidade de muitas empresas. Portanto, se a ideia é inovadora, gera um produto e esse produto tem resultado positivo numa análise de mercado, tem o perfil de uma empresa que pode ser incubada", afirma Sueli Vasconcelos, coordenadora executiva da Incubadora Tecnológica do Instituto Centec e diretora técnica da Rede de Incubadoras do Ceará (RIC), para quem a "importância das incubadoras jamais foi tão discutida entre aqueles que buscam empreender com sucesso".
Inovação
No seminário serão debatidas as políticas voltadas para a inovação, com enfoque para as ações de promoção e fortalecimento de parcerias público-privadas, o papel das incubadoras de empresas para o desenvolvimento local, os desafios e as estratégias do movimento de incubadoras de empresas e seu relevante papel na promoção do desenvolvimento econômico e social do Ceará. Um dos pontos altos do evento, hoje à tarde, terá mesa redonda Incubadoras Populares, Cooperativismo e Inserção Social.
A discussão será sobre o papel das incubadoras populares, por Gonçalo Dias Guimarães, da Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares da Coppe/UFRJ, Klécio José dos Santos, presidente da Cooperativa de Colonização Agropecuária e Industrial Pindorama; e Osmar de Sá Ponte Júnior, da Incubadora da UFC.
A mediação da mesa redonda ficará a cargo de Francisco Guedes, que é coordenador geral da Incubadora Universitária de Empreendimentos Econômicos Solidários (IEES/ UVA).
Competitividade
"A transferência de conhecimento tecnológico ajuda na competitividade no mercado e reduz a mortalidade de empresas".
"O grande gargalo dos empreendimentos é a falta de políticas públicas de incentivo ao setor"
Sueli Vasconcelos - Coordenadora do Intece
Conquista11 incubadoras atuam no Ceará, Estado que tem se tornado referência na transferência de conhecimento tecnológico para micro-empreendimentos, uma conquista para os cearenses.
Mais informações:
Instituto Federal do Ceará (IFCE)
Vale do Jaguaribe
(88) 3447.6400
(85) 3066.7056
Informações: Diário do Nordeste / Reportagem e Foto: Melquíades Júnior

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