terça-feira, 20 de julho de 2010

Insegurança preocupa entidades de Limoeiro

O Município deixou de ser apenas travessia de pistoleiros, para se tornar alvo de assaltantes e arrombadores.
Principais representações comerciais, políticas, sociais e judiciárias deste município se reuniram para discutir providências no combate à insegurança, em evento chamado de "Segurança para todos". Depois da onda de arrombamentos, agora assaltos a mão armada preocupam os comerciantes. As câmeras de vigilância não têm intimidado. Falhas e deficiência na segurança pública, com desvios de competência de funções, acentuam o problema.
Além disso, estabelecimentos comerciais funcionando além do tempo pré-estabelecido, pouco efetivo policial no patrulhamento nas ruas, uma polícia civil que não cumpre mandados de busca e apreensão e uma polícia militar que, responsável pelo trabalho preventivo, precisa atuar também de forma investigativa, são alguns fatores que pautam questionamentos da insegurança no Município.
Uma drogaria foi assaltada três vezes em apenas um mês, uma ótica teve dinheiro e joias levadas, lojas de roupas sofreram arrombamento de madrugada, a agência dos Correios - que hoje realiza serviços bancários, mas sem esquema de segurança de bancos - foi assaltada, e os bandidos desses crimes são de bairros periféricos, de outros municípios e até de outros Estados. Fronteira com o Rio Grande do Norte, Limoeiro deixou de ser apenas ponto de travessia de pistoleiros, para tornar-se alvo de assaltantes e arrombadores. Mesmo com o crescimento econômico, a segurança pública não acompanha a demanda.
Representantes de vários setores do Município se mobilizam contra a insegurança em Limoeiro.
Alvo de críticas
A Polícia Militar é, naturalmente, colocada como o alvo de críticas, mas boa parte delas se refere a funções que não compete aos militares. Os assaltos acontecem geralmente à noite. No centro comercial de Limoeiro, algumas lojas seguem abertas até duas horas a mais que a maioria, tornando-se alvo fácil dos bandidos. "É uma questão não só de segurança como até de direitos trabalhistas", pontua o Major Claudemir, comandante da 4ª Companhia de Policiamento, que cobre Limoeiro e outros três municípios. No caso da drogaria assaltada três vezes, os bandidos foram presos.
De acordo com o Major Claudemir, o patrulhamento é feito de forma ininterrupta, mas nem tudo pode ficar na responsabilidade da Companhia. "Nosso dever termina no momento em que entregamos o criminoso nas mãos do delegado, a partir daí é por conta da Justiça e da Polícia Civil o destino que é dado ao criminoso".
Ao final da reunião, ficou acordada a elaboração de uma carta de solicitações que, quando concluída, será encaminhada ao prefeito de Limoeiro, João Dilmar, para que este possa articular junto à outras entidades a discussão sobre o problema da insegurança na cidade. Dentre as reivindicações, a realização frequente de blitz de desarmamento, maior efetivo policial na cidade e a criação de uma guarda municipal. A Câmara Municipal, que não enviou nenhum representante para a discussão, também receberá o documento até o final do mês.
Mais informações:
CDL de Limoeiro
Rua Cândido Olímpio Gonçalves Freitas, 1689
(88) 3423-1922
Informações: Diário do Nordeste / Reportagem e Foto: Melquíades Júnior

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