segunda-feira, 16 de junho de 2008

80% dos acidentados no trânsito ingeriram álcool

A associação entre álcool e direção é forte no subconsciente da população e promove o aumento dos acidentes.
O consumo excessivo leva ao coma
O álcool é um droga depressora do sistema nervoso central. O primeiro local do cérebro a ser atingido por ela é o lobo frontal, responsável pelo controle, pelo juízo. O primeiro comportamento causado pelo álcool é o desinibitório. Ele tira a inibição que temos e, com o aumento da concentração no sangue, atinge o cérebro todo.
Com pequenos níveis de álcool no sangue, a pessoa tem prejuízo da atenção, não responde a estímulos menores que requeiram a prática de desvios, por exemplo. A quantidade de 0,1 mg% já pode indicar um nível alto de concentração de álcool no sangue, a ponto da pessoa ter náuseas, vômitos, alterações de coordenação e equilíbrio.
Com a evolução do quadro, a pessoa alcoolizada apresenta sonolência e alteração do nível de consciência, que pode ser caracterizada pela falta de orientação espaço-temporal. O perigo é que essa situação se encaminhe para um coma alcoólico, que apresenta risco de morte. O risco de coma alcoólico e de acidentes é maior para os jovens que ainda não conhecem os limites do seu organismo e se excedem na ingestão de álcool.
Custo
A violência no trânsito tem um custo elevado para a saúde. Somente o IJF, de acordo com os superintendente da unidade, gasta cerca de um terço do seu orçamento anual, aproximadamente R$ 50 milhões, no tratamento das vítimas de acidentes com automóveis. Somente nos três primeiros meses deste ano, 2.783 pessoas foram atendidas no hospital depois de se envolverem em algum acidente de trânsito.
Desse total, 795 tiveram que ficar internadas. Na maioria dos casos, os acidentados com moto são os que chegam em estado mais grave, precisando de internação em UTI. A manutenção desse paciente custa cerca de R$ 1.500, por dia, para o hospital. Levando-se em consideração que um acidentado com moto fique 20 dias na UTI, já se foram 30 mil gastos com um problema que poderia ter sido evitado. Como observa Wandemberg dos Santos, o imposto cobrado pelos veículos não é suficiente para dar o cuidado aos acidentados.

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