quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Primeiro carro elétrico comercial do Brasil poderá ser produzido em Limoeiro do Norte

Nesta terça-feira (02/08), às 10 horas, o pesquisador e engenheiro Elifas Gurgel apresentou, em Fortaleza, o primeiro protótipo de carro 100% elétrico nacional a ser comercializado no País.
Apenas o preço dos componentes elétricos pesquisados para este modelo experimental, um veículo Gol G4/ 2009, foi orçado em R$ 60 mil e prevê uma economia de emissão de gás carbônico, de 160 kg por 1 mil km rodado.
Após conversas informais, desde o ano passado, com os ministros Miguel Jorge, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, e Guido Mantega, da Fazenda, além de técnicos da equipe econômica do governo federal, ele antecipou ao portal IG que deverá propor, dentro de três meses, um modelo de negócios final para que o carro elétrico brasileiro seja fabricado inicialmente na região do semi-árido nordestino.
Segundo o engenheiro, que tem parentesco com o histórico empresário João Gurgel, já existem conversas avançadas para a fabricação do carro elétrico no município cearense de Limoeiro do Norte, distante cerca de 200 km da capital e situado num pólo industrial do estado.
Protótipo apresentado nas dependências internas do BNB, em Fortaleza, poderá ser produzido em Limoeiro do Norte. (Elifas Gurgel/ Divulgação)
Gurgel explica que ainda precisa ser firmado um incentivo finaceiro com o governo do Ceará, cujo governador Cid Gomes teria se prontificado a estimular a produção das 100 primeiras unidades do carro elétrico em seu estado.
O projeto do carro elétrico desenvolvido por Gurgel, e denominado de Poraquê, foi financiado com uma linha de crédito de fomento à tecnologia do Banco do Nordeste (BNB), de R$ 58 mil. Os detalhes técnicos do carro, além do próprio funcionamento do mesmo, foram as atrações apresentadas na terça-feira (03/08), na sede do BNB, em Fortaleza/CE, na companhia do presidente do banco, Roberto Smith.
No fim do ano passado, Gurgel também apresentou o projeto de carro elétrico ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva em reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, ligado à Presidência e Casa Civil, aos ministérios do Planejamento e Meio ambiente e empresas. O engenheiro vem pesquisando esse modelo há quatro anos.
Após a apresentação, o carro elétrico despertou a curiosidade de jornalistas presentes. Ao final da explanação e entrevista, Gurgel circulou com o carro nas dependências internas do próprio Banco do Nordeste, onde ocorreu a coletiva de imprensa.
Informações: Guilherme Barros, colunistas.ig.com.br (por Cristiano Zaia)
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No Brasil, carro elétrico só vingará depois de 2017, disse o ministro Miguel Jorge
Todas as principais montadoras têm projetos para produzir carros elétricos, mas a novidade só deve chegar efetivamente ao mercado depois de 2017, avalia o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge. O boom desse setor deverá ocorrer entre 2017 e 2023, segundo ele.
Ainda há entraves para a novidade no País, segundo o ministro. “Precisamos investir na infraestrutura de pontos de recarga e na evolução das baterias dos veículos”, disse ele.
Miguel Jorge afirmou ainda que a tecnologia só deve decolar de vez se for instituída uma lei que estabeleça metas de redução das emissões de CO2 na atmosfera.
Autor: Guilherme Barros, colunistas.ig.com.br

5 comentários:

Eriko Moreira disse...

Uma coisa que eu não entendo:

Porque, já se vê, há muito tempo, carros híbridos circulando nos EUA e no Brasil não?

O honda civic híbrido (carro popular nos EUA), tem um desempenho de cerca de 22Km por litro de gasolina.

Brasil, meu Brasil!
Como um amigo meu fala: o pior do Brasil é o brasileiro!!!!

Igor Correia Oliveira disse...

O Brasil tem TUDO para ser a Arábia Saudita da geração de energia elétrica através de fontes renováveis! Imagine qualquer tipo de geração de energia renovável, o Brasil tem potencial de sobra! Energia Hidroelétrica? Tem de SOBRA!!! Energia Eólica? Tem de sobra! Energia solar, térmica ou fotovoltaica? Tem de sobra! Energia da biomassa? Tem de sobra! Geração de energia maré-motriz? Tem de sobra! Energia Nuclear? Tem potencial! Energia através do Plasma? Tem potencial!

Agora o que falta é vontade política em investir em industrialização, em educação, em ciência, em tecnologia, em infraestrutura e assim por diante!

Até quando iremos jogar fora o nosso potencial? Estamos no século XXI! Temos muitos brasileiros competentes com experiência de sobra e muitos jovens nos bancos das faculdades ou mesmos nas escoles que com educação, orientação, oportunidade, cooperação e esforço própio poderão desenvolver e muito esse país!

Falta o Brasil aprender com a Coréia do Sul que fez o deve de casa e hoje é líder em educação, em tecnologia em geral, especialmente automotiva e naval!

E aí Brasil, quando você terá vergonha na cara e resolver se desenvolver direito?

Alow políticos! Todos eles, acordem! Século XXI já começou e o novo milênio também! Levante as suas bundas desses cargos públicos e vão desenvolver o país!

Até quando hein? Eu quem não vou esperar sentado!

Rangido de rede disse...

A matriz energética do veículo é a eletricidade...formidavel.. quantos mais pessoas que aliem a tecnologia com a diminuição dos impactos ambientais melhor, porém fico pensando se será necessário esse motor terá óleo lubrificante, pq aí já parte para outro problema, o uso de combustíveis fósseis em um carro elétrico e se a potência do motor será boa o bastante pra suportar um ar-condicionado, já que moramos em uma cidade que não se preocupa com a parte paisagística da cidade mas de qualquer forma ta de parabéns esse Engenheiro.

Dario Castro Alves disse...

Dirigi o veiculo életrico do Eng. Elifas e fiquei surpreso não só com o rendimento e siliencio , mase principalmente pela tecnologia desenvolvida e aplicada no veiculo. Desejo sucesso !!

Igor Correia Oliveira disse...

Só espero que o Governo não abondone como fizeram com o grande Gurgel e não deixem que a empresa seja vendida como deixaram a Ford comprar a Troller!

O governo e os políticos deveriam ter mais visão! Se tivessemos uma indústria autombolística nacional mais forte e estruturada, o Brasil teria mais importância ainda perante o mundo e os políticos iriam ganhar com isso por iriam representar um país industrialmente mais forte!

Não adianta só talentos e tecnologia, é necessário visão política de longo prazo!

Pré-sal que nada, isso é ser imediatista! O futuro é dos carros elétricos e das tecnologias renováveis! Vamos pensar no mundo daqui há 10, 20, 30 anos em diante minha gente! Isso é pensar no seu futuro e dos seus filhos, netos, bisnetos em diante!