domingo, 15 de agosto de 2010

Resultado da enquete: A que você atribui o aumento da criminalidade em Limoeiro do Norte?

Com 33% dos votos, internautas apontaram a ‘Impunidade’ como a principal causa do auto nível de criminalidade em Limoeiro.
De uns tempos pra cá, a população de Limoeiro do Norte tem observado de perto o aumento da criminalidade no município. Nunca a violência foi tão discutida como atualmente, mesmo com o histórico de pistolagem registrados na região jaguaribana. Na maioria das ocorrências, dois homens em uma moto praticam o crime.
Sucedem-se episódios de execuções, assaltos a estabelecimentos comerciais e pessoas, arrombamentos, tráfico de drogas, todos amplamente divulgados pelas mais diversas mídias, e a família limoeirense se mostram cada vez mais insegura e indignada. Pelo menos uma coisa já se tornou consenso: Ninguém agüenta mais tanta insegurança.
Mas, afinal, o que fazer para mudar esse quadro? É normal o aumento da violência? Diante do momento vivido, nosso blog abriu uma enquete questionando “A que você atribui o aumento da criminalidade em Limoeiro?”
Das opções disponíveis, 33% dos participantes acham que a ‘Impunidade’ seria a principal causa da elevação da criminalidade em Limoeiro do Norte. Em seguida, o ‘Desemprego’ com 25%, e o ‘Aumento do número de usuários de drogas’ com 22% dos votos, foram as outras opções mais apontadas para o fato.
Completando a enquete, o ‘Crescimento urbano’ com 9%, e a ‘Falta de estrutura para as polícias Militar e Civil’ com 8%. Não foram computados votos para a opção ‘Reforço policial em outras regiões do Estado’.
* A enquete, que se trata de um mero levantamento de opiniões, sem conteúdo científico, foi realizada entre os dias 02/08 e 14/08/2010 e registrou 93 votos.
Insegurança
Os números refletem um quadro de um filme triste, que a população de Limoeiro do Norte, assim como em todo o Brasil, está se acostumando a assistir. E o resultado disso resume-se ao Medo e a Insegurança.
Mas, não seria somente a ‘Impunidade’ o principal fator para o aumento da violência em Limoeiro do Norte e na região. Apesar desta opção estar em evidência, existem outras causas, e talvez a união de todos estes fatores, que levam a este quadro alarmente.
Entrando no âmbito nacional, diagnósticos são feitos a cada dia, e causas são apontadas, mas até agora o País não se mobiliza: fica inerte. O que fazer? De quem é a culpa?
Códigos envelhecidos
Advogados, defensores públicos, juízes, promotores de justiça, todos são unânimes em afirmar que os nossos Códigos estão ‘cheios de mofo’. São velhos e ultrapassados. Neles existem brechas para que maus profissionais interponham infinitos recursos, e emperrem o Judiciário. Apesar do clamor generalizado, o Legislativo nada faz para mudar esse quadro. Sofre o povo, sofremos nós.
Medo e silêncio
Ao contrário do que ocorre em outros países – como por exemplo nos Estados Unidos – no Brasil, quando o assunto está relacionado à violência (espancamento policial, extorsão, seqüestro, homicídios, etc.), duas leis são imperativas: a lei do medo e a lei do silêncio. Tal ocorre porque em nosso País inexiste aparato protetor para o cidadão testemunhar em inquéritos policiais ou em juízo. Diante desse quadro, multiplicam-se os casos de impunidade e a sociedade passa a viver enclausurada dentro da sua própria amargura. O cidadão brasileiro tem medo até da sua própria sombra.
E daqui pra frente?
Falta de ações governamentais, falhas na legislação atual, deficiências na polícia... Os fatos revelam que esse problema coloca o Brasil entre os países mais violentes do mundo e que atinge toda a sociedade, principalmente à sua parcela menos privilegiada.
Pensando numa ‘solução’, um primeiro passo seria este... Questionar e discutir amplamente o assunto, buscando as diversas origens das causas e as propostas de solução a curto e médio prazos, e com isso, abrir o debate no meio jurídico e acadêmico, contribuindo de alguma forma para a diminuição da violência urbana neste País.

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