Ampliar a discussão sobre o uso de defensivos químicos é meta de novo fórum que tem instalação em Limoeiro do Norte.
Será instalado nesta terça-feira (07/12), no município de Limoeiro do Norte, o Fórum de Combate aos Efeitos dos Agrotóxicos na Região Jaguaribana. O primeiro fórum desse gênero no Estado tem a iniciativa do Ministério Público do Trabalho (MPT). A intenção é que a legislação seja cumprida em proteção à saúde dos trabalhadores e da população.
O movimento jurídico também respalda pesquisa que já dura três anos, realizada pela Universidade Federal do Ceará (UFC). O Fórum será instalado a partir das 14:30 horas, no auditório do Ministério Público do Trabalho do município.
O trabalho será coordenado pela procuradora do Trabalho, Geórgia Maria da Silveira Aragão, titular do MPT em Limoeiro do Norte, e da promotora de Justiça, Bianca Leal Mello da Silva Sampaio. Conta ainda com apoio do Ministério Público Federal e dos demais membros do MP estadual na região, além de entidades como a Cáritas Diocesana.
A criação do Fórum objetiva, conforme a procuradora, proporcionar um espaço para reunir entidades governamentais e não governamentais, além de sindicatos, estudiosos e especialistas, num debate permanente e sistemático de questões relativas aos efeitos nocivos dos agrotóxicos no meio ambiente, na saúde do trabalhador e do cidadão em geral.
Uso abusivo de produtos químicos na agricultura foi constatado em comunidade da Chapada do Apodi. "A ideia do Fórum é contribuir na cobrança do cumprimento da legislação por parte dos órgãos competentes e na sugestão de normas locais que aperfeiçoem as já existentes nos níveis Federal, Estadual e Municipal", acrescenta Geórgia Aragão. Ela frisa, ainda, que o Fórum será um espaço importante para a socialização de estudos científicos realizados em torno do tema, de modo a subsidiar as ações das entidades engajadas, além do oferecimento de denúncias relacionadas.
Contaminação
Em agosto último, no seminário feito no Vale do Jaguaribe, Geórgia Aragão e Bianca Leal receberam estudo da professora da UFC e médica do Trabalho, Raquel Rigotto
(foto), que aponta a contaminação por agrotóxicos da água em comunidades da Chapada do Apodi.
As 67 páginas do estudo confirmam a constatação de princípios ativos de agrotóxicos em amostras de águas que abastecem algumas comunidades.
Informações: Diário do Nordeste
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