sábado, 8 de novembro de 2008

Escola Normal Rural festeja 70 anos de atividades

Uma programação especial foi criada para comemorar sete décadas de criação da Escola Normal de Limoeiro do Norte.
"A Escola Normal tem participação fundamental na educação, cultura e na história de Limoeiro".
(Maria das Dores Vidal Freitas - Diretora).
A qualquer hora do dia há sempre alguém entrando ou saindo de uniforme branco com azul, mochila nas costas, livros nos braços, e motivo na cabeça. São os alunos da Escola Normal Rural de Limoeiro do Norte, sejam desta cidade ou de qualquer um dos outros municípios do Vale do Jaguaribe; ou são os filhos dos filhos dos primeiros alunos, como Maria Zelita, que sempre, na mesma hora do dia, entra ou sai pelos portões por onde há 30 anos estudava o curso normal. Aos 61 anos, hoje busca os dois netos que lá estudam. A escola de três gerações comemora, neste ano de 2008, seus 70 anos de criação.
Da formação docente, de quando atuava com normalistas, à abertura, hoje, para as mais diversas formações profissionais, conforme o sonho de seus vestibulandos, a Escola Normal é urbana, plural, cultural e unissex – por muitos anos só atendia a mulheres, em regime de internato, situação que mudou nos anos 80, principalmente depois que, em 1988, o curso normal deu lugar ao atual sistema nas escolas brasileiras, que culminam no ensino científico e, daí, vestibulares.
A semente da Escola Normal foi plantada em 1935, com a criação da Sociedade Pró-Educação Rural de Limoeiro, pelos amigos Sindulfo Serafim Chaves, José Targino da Cruz, João Nogueira Sobrinho, Hercílio da Costa e Silva, Pompílio Maia Gondim, João Francisco de Sá, Odilon Odílio da Silva, Raimundo Gurgel Guedes, Cândido Gadelha, Arsênio Ferreira Maia, Manfredo de Oliveira Lima, Pedro Saraiva de Menezes, Custódio Saraiva de Menezes, Mário de Oliveira Lima.
Três anos depois, em 1938, acontece a primeira aula. E o dia 26 de abril, o mesmo da celebração da primeira missa no Brasil, é contado como a data oficial. Desde então o patrono reverenciado é dom João Bosco, mestre e pedagogo no século XIX. Na década de 40, a professora e primeira diretora Maria Gonçalves Leal apresentava, com suas alunas, programa educativo na Amplificadora Municipal, um dos primeiros ensaios para a radiofonia na região. O tempo pluraliza a escola, que assume postura mais laica e atende alunos de diversas regiões e religiões.
“A escola está adaptada aos tempos modernos, acompanha a evolução do homem na promoção da vida”, contextualiza a diretora Maria das Dores Vidal Freitas, conhecida como “Bazinha”. Ao lado da professora Maria Aristela Pereira, ela divide o tempo de funcionária mais antiga da instituição, dentre mais de 100 funcionários, que atendem a aproximadamente 1.300 estudantes do ensino maternal ao terceiro ano do Ensino Médio. “Cuidar da Escola é minha responsabilidade de vida, algo que vejo como uma missão que Deus me deu, e faço os professores e funcionários sentirem a mesma responsabilidade, e quando eu não estiver mais aqui sei que o trabalho vai continuar”.
Entre as comemorações, acontece o “grande encontro” dos ex-alunos da instituição. Além do descerramento da placa alusiva aos 70 anos, haverá placa comemorativa do centenário de nascimento do sócio-fundador Franklin Gondim Chaves. Também haverá inauguração do Observatório Astronômico.
Alunos e professores lançam o jornal O Verbo, com notícias, artigos e curiosidades da escola. Além disso teatro, torneios esportivos, exposições e shows musicais. Em todas as atividades, a participação de pessoas que, “nas antigas”, conviveram entre os pátios da Escola Normal Rural de Limoeiro.
Mais informações:
Escola Normal Rural de Limoeiro do Norte: (88) 3423.1473
Fonte: Diário do Nordeste / Reportagem: Melquíades Júnior

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