quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Trovadores e Repentistas se encontram no Festival em Limoeiro do Norte

O IV Festival Internacional de Trovadores e Repentistas contará shows de violeiros, aboios, emboladas, desafios de duplas de violas e outras manifestações musicais. Além de seminário e oficinas de cordel e xilogravura.
Povos de várias regiões que têm como tradição a cantoria e o trovadoresco, matrizes da poética sertaneja, nordestina e brasileira, vão se encontrar durante três dias, de 10 a 12 de dezembro, em Limoeiro do Norte, no Ceará.
Em palco aberto na Praça da Matriz da cidade de Limoeiro do Norte, shows de violeiros, aboios, emboladas, desafios de duplas de violas e outras manifestações musicais vão marcar a programação do IV Festival Internacional de Trovadores e Repentistas, que contará ainda com seminário e oficinas de cordel e xilogravura.
No palco, nomes como Nonato Luiz, Waldonys e o uruguaio residente na Argentina, Gustavo Guichón, se juntam a artistas populares do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Piauí na valorização, fortalecimento e preservação das culturas populares regionais tradicionais.
Idealizado pelo cineasta Rosemberg Cariry, o Festival defende a "diversidade e a reciprocidade" e propõe o verdadeiro e benéfico significado da palavra universalização: o eterno reencontro dos homens e suas aldeias com as suas raízes universais. A cantoria, segundo Cariry influi em diversos gêneros da poética popular do nordeste, que tem em comum a herança multissecular dos cantadores, elementos determinantes na preservação das tradições culturais de todos os povos do mundo. Tal estilo poético influenciou de forma determinante o lirismo difundido pelos portugueses ao chegarem ao pais no século XVI.
Esta é a primeira vez que o Festival de Trovadores e Repentistas tem como sede Limoeiro do Norte.
As duas primeiras edições, em 2005 e 2006, ocorreram simultaneamente nas cidades de Quixadá e Quixeramobim. Em 2007, o evento seguiu para Senador Pompeu e Farias Brito.
Sob a coordenação de Geraldo Amâncio, a quarta edição é uma realização do Instituto Internacional de Artes e Cantorias (Intercanto), com patrocínio da Chesf, Banco do Nordeste e Cagece e apoio institucional da Prefeitura Municipal de Limoeiro do Norte e Ministério da Cultura, via Lei Rouanet.
Seminário
Pela manhã, o Festival discute “Novos Desafios para as Culturas Populares”, em seminário que tratará dos temas:
“Reflexões sobre Direitos Culturais e o Plano Nacional de Cultura” (com Prof. Dr. Oswald Barroso – UECE; Prof. Dr. Humberto Cunha - UNIFOR/Comissão de Cultura da OAB/Ceará; Representante da Secretaria da Identidade e da Diversidade Cultural/MINC);
"Desafios" no tempo e no espaço: a cantoria de viola no século XXI” (com Profa. Ms. Simone Oliveira de Castro - Comissão Nacional de Folclore / Comissão Cearense de Folclore; e Prof. Crispiniano Neto - Rio Grande do Norte);
“Vale do Jaguaribe: histórias, memórias e patrimônio imaterial” (com Profa. Ms. Francisca R. N. Mendes - Doutoranda em Sociologia/UFC, Comissão Cearense de Folclore / Comissão Nacional do Folclore; Kelson Gérison Oliveira Chaves - Mestrando em Ciências Sociais/UFRN; Cleison Rabelo - Faculdade Darcy Ribeiro).
Limoeiro do Norte
Limoeiro do Norte é conhecida como “Princesa do Vale”, por estar situada entre os rios Jaguaribe e Banabuiú, no Baixo Jaguaribe.
Segundo o Censo 2007, o município possui 53.289 habitantes. Com clima predominantemente seco, que varia de 24º a 35ºC, Limoeiro do Norte conta com duas estações bem definidas: verão chuvoso e inverno seco.
O intenso fluxo diário de pessoas aquece o setor de comércio, que vai de produtos alimentícios às indústrias de pré-moldados para construção civil. Outra atividade econômica que prevalece em Limoeiro é a agricultura, que movimenta anualmente cerca de R$ 50 milhões de reais. O município é, por exemplo, o maior exportador de melão do Brasil. Limoeiro também se destaca na pecuária, com produção diária de 45 mil litros de leite de gado.
Além disso, a cidade é conhecida pelo artesanato local, com peças produzidas da matéria rústica do barro, da palha e do talo da carnaúba, panos, coco e até ferro velho.
Fonte: www.limoeirodonorte.ce.gov.br

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