terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Dragagem no leito do Rio Jaguaribe

Assoreamento, erosão da mata ciliar e uso do espaço como lixão são os principais problemas do Rio Jaguaribe.
Enquanto ainda chove pouco e de forma irregular na região jaguaribana, municípios aproveitam a pré-estação para minimizar os danos causados pelas águas. E como raras vezes se vê, tratores realizam trabalho de dragagem no leito do Rio Jaguaribe. A retirada de entulhos acontece em Limoeiro, nos trechos mais críticos, para amenizar o sofrimento das famílias ribeirinhas durante as cheias.
O trabalho de drenagem retira entulhos do leito do Rio Jaguaribe para atenuar enchentes.
A ação é feita pela Secretaria Municipal de Infra-Estrutura e Desenvolvimento, depois de duas semanas do início da operação SOS Rio Jaguaribe, que visitou todas as residências da Rua Inácio Mendes, a mais próxima do rio, retirando lixo e orientando a população, que reclama da sujeira e, ao mesmo tempo, parte dela contribui para aumentar o grau de poluição. A retirada de lixo e areia das margens e no próprio leito do rio, em trechos desaguados, acontece desde a semana passada, e deve terminar hoje.
A dragagem realiza serviço de limpeza e desobstrução de trechos do Jaguaribe, onde facilmente se encontram lixo doméstico, entulhos, animais mortos e areia, responsável pelo fenômeno do assoreamento, tornando o leito largo e raso, devido, entre outros fatores, a erosão das margens, pela destruição da mata ciliar. Segundo o secretário José Lins Guerra, são retiradas cerca de 27 toneladas de lixo por dia, enchendo nove caminhões caçamba.
Crítico
O ponto mais crítico da poluição do Jaguaribe em Limoeiro fica na altura do Mercado do Peixe, próximo da ponte que liga o Centro da cidade à comunidade de Ilha de Santa Terezinha. O trabalho de dragagem deve continuar mesmo após o período chuvoso. Com a limpeza, o curso das águas será favorecido, retardando a cheia do Jaguaribe e, portanto, os transtornos das comunidades que vivem próximo.
A retirada do lixo do Rio Jaguaribe também faz parte do trabalho de prevenção à dengue e outras doenças de veiculação hídrica, já que objetos que sirvam de potenciais viveiros para os mosquitos são removidos para o lixão do município — outro problema ambiental, mas com breve solução à vista, pela entrada em vigor do Consórcio Público Intermunicipal para a construção de um aterro sanitário.
Mais informações:
Prefeitura do município de Limoeiro do Norte
(88) 3423.1165
Fonte: Diário do Nordeste / Reportagem e Foto: Melquíades Júnior

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