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terça-feira, 18 de maio de 2010
Ambulatório lotado em Limoeiro do Norte
O ambulatório passa o dia lotado e, muitas vezes, entra pela noite. Porém, muitos desses pacientes, cerca de 70% a 80%, teriam de ser atendidos pela atenção primária, ou seja, nos postos de saúde. Essa é a realidade do Hospital Regional Deoclécio Lima Verde, que fica no município de Limoeiro do Norte, mas atende a quem mora também em Quixeré, São João do Jaguaribe, Tabuleiro do Norte, Ererê, Potiretama, Alto Santo, Iracema, Jaguaribara e Jaguaribe.
Não menos que 300 mil pessoas por ano procuram atendimento no hospital de média complexidade. “Como todos os hospital (nesta categoria) as principais dificuldades são: muita demanda a nível de Sistema Único de Saúde (SUS) e o pouco financiamento em saúde pública do Governo Federal”, queixa-se o secretário da Saúde de Limoeiro do Norte, José Wellington Rios Vital.
Ele diz que o SUS não compensa e essa é a grande angústia dos gestores. “Os recursos são poucos para gerir e o repasse maior é para o pagamento dos profissionais médicos que atendem nas diversas especialistas”. O secretário lembra que, embora as 12 equipes do Programa Saúde da Família (PSF) sejam completas e que haja o Núcleo de Apoio da Família para complementar o atendimento na atenção primária, ainda persiste a procura ao hospital regional.
Filas são constantes no ambulatório do Hospital Regional Deoclécio Lima Verde, em Limoeiro do Norte, que recebe pacientes de 10 municípios. Secretário da Saúde diz que procurar o hospital é questão cultural. (Foto: Deivyson Teixeira)
“É uma questão cultural”, diz José Wellington, mas acrescenta que estão sendo implementadas estratégias para que as pessoas busquem primeiro o atendimento primário (postos de saúde). E, no caso de ser um problema mais grave, a própria equipe do posto encaminha para o hospital de média complexidade.
Quanto à realização de exames, José Wellington diz que a Secretaria da Saúde do Município tem parcerias com algumas clínicas quando a demanda está grande. Mas que há os equipamentos necessários para os exames básicos como ultrassom, raio X, etc. “Quando um paciente apresenta complicações e necessita da rede terciária, então encaminhamos para Fortaleza”, lembra o secretário.
Informações: OPOVO Online, por Rita Célia Faheina
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