segunda-feira, 13 de abril de 2009

Economia solidária beneficia artesãos

Espaço exclusivo para a comercialização dos produtos de artesãos é inaugurado em Limoeiro do Norte. Artesã Zulene Nobre produz bonecas de pano e fatura com a venda dos produtos.
O lugar que já é consolidado pela produção do artesanato em comunidade agora tem um espaço destinado exclusivamente para o comércio dos produtos nos moldes da economia solidária.
O Projeto Paz e União, em Limoeiro do Norte, inaugurou no início deste mês, o Espaço Solidário. Artesãos da comunidade do bairro Antônio Holanda fazem as peças em casa e levam para a “lojinha” na sede do projeto, onde é feita a venda avulsa e por encomenda.
Tem desde peças para decoração, em madeira esculpida e envernizada, a utensílios domésticos, de cama, mesa e banho. A artesã Zulene Nobre, de 53 anos, leva parte da vida produzindo bonecas de pano, almofadas, “peso de porta”, com preços entre R$ 20 e R$ 25. Logo na noite de inauguração do Espaço Solidário, não perdeu tempo e fez as primeiras vendas. “Eu faço essas coisas desde criança, o artesanato é uma forma de ajudar na renda e a passar o tempo também”, diz. As principais peças de dona Zulene são as almofadas em forma do tradicional boi-bumbá, inclusive com chifres.
As irmãs Raimunda, Evanda e Evaneide colocam em exposição as primeiras almofadas com pétalas que fabricaram em casa. Dependendo do nível de customização, que inclui muitas cores e dificuldades na elaboração dos detalhes das pétalas, a almofada pode custar entre R$ 17 e R$ 26. Para Evanda de Oliveira, o Espaço Solidário é importante porque se torna um local permanente de venda. “As pessoas podem vir aqui e, pelo que está exposto nas estantes, comprar ou fazer as encomendas”, avalia. O artesão João Batista fabrica banquinhos de madeira, porta-lápis, brinquedos, etc, pinta, estiliza com desenhos e enverniza. Seus produtos estão expostos no Espaço Solidário.
Parceiros
A Associação Projeto Paz e União é conveniada ao Fundo Cristão Para Criança (FCC) e tem vários parceiros durante os projetos realizados todos os anos, como Cáritas Diocesana, Sebrae, Sine e Prefeitura Municipal. Dentre as ações do “Paz e União” estão os animadores comunitários. Conforme Francineide Chaves, gestora do Projeto Paz e União, o animador social é, também, o principal mediador entre a associação comunitária e os moradores. É de responsabilidade de cada animador social a criação de cadastros sobre as famílias acompanhadas, anotando as principais demandas do setor.
O Espaço Solidário fica aberto de segunda à sexta-feira, pela manhã e à tarde. O local abriga as peças de artesãos do bairro Antonio Holanda, mais conhecido como “Cidade Alta”, e adjacências. O projeto Paz e União está aberto para a inclusão de novos artesãos, que queiram se cadastrar para participar das ações do grupo e, portanto, terem seus produtos para venda nos moldes da economia solidária, sem o “atravessador”, com as peças vendidas a preço “justo” também para o fabricante.
Fonte: Diário do Nordeste / Reportagem e Foto: Melquíades Júnior

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