segunda-feira, 27 de abril de 2009

Diário do Nordeste premia jornalista limoeirense

Publicada entre os dias 18 e 21 de dezembro de 2008, a série de reportagens revela a luta, a cultura e a beleza das tribos indígenas no Ceará.
Com a série de reportagens 'Índios do Ceará', o jovem jornalista limoeirense Melquíades Júnior conquistou o título da melhor reportagem do ano de 2008 no Diário do Nordeste, na última sexta-feira (24/04), depois da etapa final entre as melhores reportagens de cada mês.
A reportagem especial, com a qual tinha vencido como melhor do mês de dezembro, revela que as etnias ainda lutam por questões elementares à cidadania, os costumes e tradições, além da beleza das tribos.
Como premiação, Melquíades será contemplado com uma viagem para qualquer país da América latina, a sua escolha.
"Fiquei muito feliz, pelo reconhecimento proporcionado, mas ainda não tive tempo de comemorar direito, pois estou cobrindo sobre as chuvas no Interior, mas o reconhecimento pelo trabalho foi a maior conquista" - disse Melquíades.
Trabalho reconhecido
A série de reportagem 'Índios do Ceará' foi publicada nos dias 18, 19, 20 e 21 de dezembro de 2008, com as manchetes “Etnias indígenas Lutam pelo reconhecimento”, “Arte e educação são formas de resistência”, “Demarcação de terras é meta” e “Desafio da luta indígena está na geração jovem”. Ao ter vencido como melhor em dezembro, a reportagem foi para a etapa final e desbancou as outras melhores reportagens do ano. Durante quatro dias, Melquíades percorreu cerca de 1.114 quilômetros de carro, ônibus, moto e pau-de-arara (neste último foram duas horas e meia de viagem durante uma madrugada) entre os municípios de Caucaia, Fortaleza, Itarema e Poranga (Aldeia Cajueiro), já na divisa com o Piauí.
Durante a assembléia dos povos indígenas, o repórter dormiu no chão (juntamente com os índios), alimentou-se duas vezes ao dia e, pela falta de água (denunciada na própria matéria) ficou três dias sem tomar banho, apenas trocando de roupas.
Conforme a indigenista Maria Amélia Leite - 30 anos atuando na área -, o procurador da República Sérgio Brissac e índia Ceiça Pitaguary, a série de reportagem 'Índios no Ceará' foi o maior trabalho já publicado na imprensa cearense sobre os índios do Estado (amplo espaço editorial em curto intervalo de tempo - cinco páginas em quatro edições - e com profundas informações documentais de três séculos – todos com trechos publicados na matéria). A Redação do jornal comemorou a vitória de Melquíades Júnior.
FIQUE POR DENTRO
Sempre existiu índios no Estado do Ceará
Ao contrário do senso comum que durou muitos séculos, sempre existiu índios no Ceará. Hoje os movimentos dos povos unidos ganhou vida, na luta pelo direito, principalmente à terra.
A Coordenação dos Povos Indígenas do Ceará (Copice) têm registradas 12 concentrações de etnias indígenas no Ceará: Tapeba (Caucaia), Tremembé (Acaraú, Itarema e Itapipoca), Pitaguary (Maracanaú e Pacatuba), Jenipapo-Kanindé (Aquiraz), Kanindé (Canindé e Aratuba), Potiguara (Tamboril, Crateús, Monsenhor Tabosa e Novo Oriente), Tabajara (Monsenhor Tabosa, Crateús, Tamboril, Poranga e Quiteranópolis), Kalabaça (Crateús e Poranga), Kariri (Crateús), Anacé (São Gonçalo do Amarante e Caucaia), Gavião (Monsenhor Tabosa) e Tubiba-Tapuia (Monsenhor Tabosa). O número pode ser maior, na medida em que ocorrem os processos de auto-reconhecimento dos índios.
Todos os anos é realizada a Assembléia Estadual dos Povos Indígenas, o único evento desse tipo no Nordeste. O Diário do Nordeste foi o primeiro e único a fazer sua cobertura.
Mais informações:
Conselho de Articulação Indígena do Povo Pitaguary (Cainpy)
(85) 8832.5293

3 comentários:

Unknown disse...

Realmente, um trabalho digino de ser aclamado.
Parabéns, Melquíades!

Anônimo disse...

Esse cara éuma potencialidade!!!

Valdemir Reis disse...

Obrigado! Obrigado! Obrigado! Alex volto para agradecer por sua visita e também pelo seu gentil e amável comentário. Sinto-me feliz e honrado por sua amizade, muito gratificado pelo apreço que demonstra. Obrigado mais uma vez por sua presença. James Greene costumava dizer; "Todo o bem que eu puder fazer, toda a ternura que eu puder demonstrar a qualquer ser humano, que eu os faça agora, que não os adie ou esqueça, pois não passarei duas vezes pelo mesmo caminho.” Confesso que é muito confortante ter bons amigos mesmo que seja virtual, não importa. Assim desejo tudo de bom para você. Volte sempre! Encontrar-nos-emos sempre por aqui. Felicidades. Tenha uma semana recheada de muito brilho, sucesso, paz, saúde, bênçãos, proteção e alegria. Que Deus esteja presente em cada momento. Um fraterno abraço.
Valdemir Reis