O bispo diocesano de Limoeiro do Norte, José Haring, garante que a luta em defesa do meio ambiente continua após a morte do ambientalista José Maria Filho. O bispo diocesano de Limoeiro do Norte, dom José Haring, é um dos que lamentam a morte do ambientalista e líder comunitário José Maria Filho, executado com 19 tiros no tórax e na cabeça, na última quarta-feira (21/04).
“A morte dele chocou a todos nós. Era uma pessoa simples, mas ficou visível por causa de sua luta. Ele era engajado, queria uma vida boa para a comunidade pobre”, lembra. O ambientalista, conhecido como Zé Maria ou Zé do Tomé, era considerado o maior defensor das comunidades que ficam na Chapada do Apodi. Lutava em defesa do meio ambiente e do combate às injustiça sociais.
"Sempre sabíamos das dificuldades e até das ameaças. Mas temos que continuar a luta. Seguir com nossos ideais, engajados em defesa do homem do campo”, promete o bispo. Durante a missa de corpo presente do ambientalista, na última quinta-feira (22/04), o padre Júnior Aquino, também de Limoeiro do Norte, fez a mesma promessa. "Se pensavam que matando o Zé Maria iam acabar com a luta, estão enganados. A luta continua. A comunidade do Tomé não está sozinha. A igreja está junto".
O ambientalista de 44 anos foi executado com 19 tiros quando trafegava em sua moto numa estrada carroçável próximo ao aeroporto, na tarde do último dia 21. Ele era presidente da Associação dos Desapropriados Trabalhadores Rurais Sem Terra da Chapada do Apodi. A entidade, fundada por ele, lutava para que os pequenos produtores não fossem retirados de suas terras - transformadas em fazendas de fruticultura irrigada. “Quem o matou disse não à vida, o maior bem que Deus nos deu. Temos o direito a trocar ideias, a dialogar, a argumentar. Isto é humano e não a morte violenta”, conclui dom José Haring, que participou da missa de corpo presente de Zé Maria.
Informações: OPOVO Online / Foto: Edimar Soares
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