quinta-feira, 18 de março de 2010

V Encontro Mestres do Mundo é aberto em Limoeiro

Um cortejo pelas ruas da cidade deu início ao V Encontro Mestres do Mundo, que prossegue até o próximo sábado.
Entre batuques, palmas e sorrisos, um cortejo cheio de celebridades da cultura popular deu início ao V Encontro Mestres do Mundo, em Limoeiro do Norte, no Vale do Jaguaribe, na noite deesta quarta-feira (17/03). Mestres da cultura popular de vários cantos do Ceará e de Estados convidados recebiam as honras dos limoeirenses, que esperavam desde 2008 pela volta do evento que começou, em 2005, neste município.
O Maracatu Reis de Paus abriu a festa, dando ritmo ao cortejo, que saiu do Centro Cultural Márcio Mendonça até a Praça José Osterne, onde um grande palco está armado para as quatro noites de festa. Na programação, danças, reisados e, ontem mesmo, a cerimônia de diplomação dos novos mestres. Logo na chegada do cortejo, o sineiro Mestre Getúlio, do alto da Catedral de Nossa Senhora da Imaculada Conceição, dava as boas vindas.
Alguns dos principais nomes da cultura popular, do Ceará e de outros Estados, participaram do cortejo.
Foram diplomados Maria do Carmo dos Reis Felício (Gastronomia / Lambedor, de Alto Santo); Francisco Vitor (Ferreiro, de Cedro); Antonio Luiz de Souza (Reisado de caretas, de Potengui); Joaquim Ferreira da Silva (Dança de São Gonçalo, de Quixadá); Expedita Moreira dos Santos (Dança de São Gonçalo, de Tianguá); Francisca Ferreira Pires (Renda, de Cascavel); José Mauricio dos Santos (Artesanato em flandres, de Juazeiro do Norte); Severino Antonio Uchoa (Penitente, de Barbalha); Francisco Paes de Castro (Instrumentista/sanfona pé-de-bode, de Assaré) e Grupo de Dança de São Gonçalo da comunidade do Horto (Dança de São Gonçalo, de Juazeiro do Norte).
Reconhecimento
Desde que foi criado em 2005, o edital dos Mestres da Cultura Tradicional Popular ganhou esse nome e outras variantes. Hoje se diz dos selecionados pela Lei dos "Tesouros Vivos", termo escolhido para ampliar a seleção de grupos, não só pessoas, mas o título de "mestre" não caiu em desuso, já que ninguém quer passar pelo constrangimento de chamar de tesouro vivo alguém que tenha falecido. O mais importante é que o edital existe há cinco anos, premiou 59 pessoas e três grupos diplomados e reconhecidos por lei.
Na abertura do Encontro, o Boi da Faceira, de Limoeiro do Norte, foi o primeiro a se apresentar, seguido do Manto de São Benedito, Tambor de Crioula do Maranhão, Mestre Monarco e a Velha Guarda da Portela, do Rio de Janeiro. De hoje até o próximo sábado, além das apresentações noturnas, o Encontro dos Mestres do Mundo será de debates, diálogos e trocas de saberes e fazeres entre os mestres e também os pesquisadores de suas artes.
Informações: Diário do Nordeste / Reportagem e Foto: Melquíades Júnior

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